Desabafo do Torneiro
- Roger veloso
- 24 de set.
- 1 min de leitura
Eu nome é Denilson
Eu sou torneiro mecânico. Meu trabalho é transformar aço bruto em precisão, dar vida a peças que mantêm máquinas, empresas e pessoas em movimento.
Não escolho o fácil. Encaro o empenado, o gasto, o quebrado. Onde muitos enxergam sucata, eu enxergo possibilidade.
Minha rotina é feita de desafios:
Prazos apertados, clientes ansiosos, máquinas que não podem parar.
Ferramentas que se desgastam, máquinas que exigem cuidado, peças que não dão segunda chance.
O peso da responsabilidade de saber que, do meu trabalho, depende a produção de um caminhão, uma escavadeira, um negócio inteiro.
Mas não recuo. Porque ser torneiro não é só mexer em ferro. É raciocínio rápido, cálculo, precisão milimétrica. É paciência na mão e firmeza no coração.
Eu sou criativo no improviso, firme no detalhe, resiliente na pressão. Minha oficina é meu campo de batalha, meu torno é minha arma, e cada peça pronta é uma vitória.
Respeito o ferro, respeito o risco, respeito meu ofício. Não me deixo vencer pela pressa ou pelo cansaço. Segurança, disciplina e honra estão acima de qualquer atalho.
O mundo pode não enxergar, mas sei o valor do meu trabalho: Sem torneiro, não há máquina que dure. Sem máquina, não há progresso que continue.
Eu sou torneiro mecânico. E todos os dias, com suor e precisão, escrevo minha marca no aço.



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